domingo, 6 de maio de 2018

O "começo fresco" da Marvel


Na semana que passou, no dia 02/05 para ser mais exato, foi realmente dada a largada na iniciativa Fresh Start da Marvel Comics ("X-Men: Red" e "Exiles" que me perdoem, rs) com o lançamento da revista Avengers #1, escrita pelo Jason Aaron (que tem feito um trabalho sensacional na mensal do Thor!) e desenhada pelo Ed McGuinness. E ontem, 05/05, no Free Comic Book Day (dia em que as editoras distribuem quadrinhos de graça! que sonho ter isso no Brasil!), tivemos um prelúdio (desenhado pela Sarah Pichelli!!! ela é incrível!) do que foi visto na recém-lançada Avengers #1 e pudemos ter noção do run de Ta-Nehise Coates em Capitão América e do Nick Spencer em Homem-Aranha.
Fresh Start tem a missão de devolver o status quo de vários personagens e ao mesmo tempo utiliza-se da artimanha de zerar (sim, de novo) a numeração de alguns títulos como chamariz de novos leitores. Gostei bastante das alterações que a Marvel vinha fazendo em diversos títulos, da criação de novos personagens, porém ao mesmo tempo ela foi descaracterizando demais seu universo: SPOILERS!!! SPOILERS!!!

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Quatro anos depois


いらしゃいませ

Hora de limpar o pó e tirar as teias de aranha! Após quatro anos tenebrosos de hiato, o blog volta à ativa. Um canal no YouTube também está nos planos, um dia sai. De início, espero manter uma periodicidade semanal e aos poucos ir diminuindo o gap de postagens. Comentarei sobre séries de TV, filmes, HQs e livrosConto com sua participação, caro(a) leitor(a)! Sugestões de conteúdo são válidas e feedback sempre é importante.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Comentando: "O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro"

Ontem, 1º de maio de 2014, feriado do dia do trabalhador, estreou nos cinemas O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro. Apesar de discordar de algumas (poucas) coisas que foram feitas no seu antecessor, preciso admitir que gostei bastante dessa continuação. Os dois primeiros filmes do Cabeça de Teia dirigidos pelo Sam Raimi ainda ocupam um lugar especial, mas o novo exemplar é (disparado) melhor que Homem-Aranha 3, de 2007 (o que não era muito difícil, é verdade) e, vejam só, consegue balancear incrivelmente bem três vilões numa única produção (!). Também é nesse filme que temos o desfecho mais emocionante da franquia (fãs de longa data dos quadrinhos já devem estar imaginando do que estou falando). Mas não se preocupem, não pretendo revelar spoilers.
Vale ressaltar o excelente desempenho dos atores envolvidos no projeto. Não adianta gastarem centenas de milhões de dólares em efeitos visuais, maquiagem e construção de set sem um bom roteiro e se os espectadores não “acreditarem” e se envolverem no que estão vendo. E quem tem o papel de fazer acreditar são os atores. E eles arrasaram! Por exemplo, é impossível não se comover com uma certa cena entre Peter e tia May. Culpa de Andrew Garfield e Sally Fields (independente da direção e da trilha sonora nesse momento) que, junto de Emma Stone (Gwen), já estão bem confortáveis em seus personagens. Dane DeHaan (Harry Osborn/Duende Verde) e Jamie Foxx (Max Dillon/Electro), as novas adições no elenco, também brilharam. E, mesmo em pequenas participações, Chris Cooper (Norman Orborn), que já aparecera ainda mais brevemente na produção anterior, e Paul Giamatti (Aleksei Sytsevich/Rino), este último extremamente caricato, tiveram sua chance de nos impressionar.
Os fãs mais puristas poderão até desgostar da liberdade tomada em relação a elementos como rumos da trama e origem e visual de personagens. No entanto, o mais importante foi mantido: a essência do Homem-Aranha, algo que já fora notado no filme de 2012 (também dirigido por Marc Webb) e que aqui ganha mais destaque – o coração de Peter, o ímpeto de fazer justiça, o senso de humor exacerbado.
Sim, várias pontas se fecharam (como a história dos pais do Peter) e, sim, várias ficam em aberto para os já anunciados O Espetacular Homem-Aranha 3 e 4, Venom e Sexteto Sinistro. Pode passar despercebido para o grande público a possível futura importância de uma personagem que é assistente pessoal de Norman Osborn e, posteriormente, de seu filho Harry, chamada Felicia. A pergunta que não quer calar: seria mesmo Felicia Hardy, a Gata Negra?
O Espetacular Homem-Aranha 2 não é perfeito, é claro, nem, talvez, o que muitos fãs esperavam. Contudo, digo sem medo: é um filme pra lembrar por que o Homem-Aranha é o super-herói favorito de tanta gente.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Sleepy Hollow: Um outro olhar sobre o episódio piloto


O primeiro texto não foi lá muito opinativo, é verdade, foi mais uma apresentação. Afinal, estávamos falando sobre um piloto (e eu não gosto de julgar o livro pela capa). Quantas séries tiveram um piloto horrível ou medíocre e depois caíram no gosto do público (e melhoraram consideravelmente a qualidade)? Isso mesmo, muitas. Geralmente, o piloto é produzido bem antes da série ganhar um sinal verde - alguns ajustes são feitos posteriormente, uma equipe de roteiristas é contratada, o orçamento é discutido... Há casos em que uma temporada completa é encomendada sem a aprovação do primeiro episódio - não foi o que aconteceu com Sleepy Hollow. Por isso decidi esperar pelos episódios seguintes para dar o veredicto final - que foi positivo.
Durante todo o episódio piloto eu pensava que as coisas poderiam ter sido diferentes - melhores! -, não no quesito efeitos visuais, mas no roteiro. Informações demais (e desorganizadas) em poucos minutos. O quarteto de criadores jogava em nossas caras - e na dos executivos da FOX - que eles tinham, sim, muita história para contar...
Imaginei um começo distinto, menos apressado: por volta do ano 2000, duas garotas (Abbie e sua irmã, Jenny) voltando do colégio para casa, [após um pouco de diálogo animado, para simpatizarmos com as duas] se deparam com quatro árvores brancas que surgiram do nada. Elas escutam uma voz sinistra e avistam uma criatura se levantando entre as árvores. Em seguida, desmaiam sem explicação. Pula para 2013. O episódio seria todo focado em Abbie (interpretada por uma atriz bem melhor que a Nicole Beharie), uma mulher independente e policial linha dura, parceira do xerife da cidadezinha de Sleepy Hollow, que serve como seu amigo e mentor (a relação dos dois seria melhor desenvolvida). Eles investigam o misterioso assassinato do padre - que teve a cabeça cortada e o ferimento cauterizado. Mais tarde, atendem um chamado numa fazenda e lá se deparam com o Cavaleiro Sem Cabeça, o xerife morre... A partir daí, os eventos ocorreriam de forma similar, terminando na parte da caverna, em que se descobre que o Cavaleiro é um dos Cavaleiros do Apocalipse. Ficaria aquela dúvida (para os personagens e para o público) se Ichabod (também outro ator, por favor) é louco, se tem algum envolvimento com o Cavaleiro... O episódio seguinte mostraria em sua primeira cena a morte do padre. Depois, esclarecendo a situação do protagonista, acompanharíamos os acontecimentos do ponto de vista de Ichabod - a batalha, o feitiço de Katrina, seu renascimento e a quase internação numa instituição mental. A seguir não mudaria muita coisa. Na minha cabeça, gosto de pensar que foi assim que aconteceu. Ah, quase me esqueço, detesto flashbacks com imagem esfumaçada/distorcida - outra coisa que aboliria.
Feito o desabafo, confesso que apesar das duras críticas a série foi uma das novatas que mantive em minha watchlist. Não é uma obra-prima, mas, ao menos, me diverte bastante. Vale lembrar que após um breve hiato Sleepy Hollow retorna em 13 de janeiro e encerra sua temporada na semana posterior, com um episódio duplo.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. S01E04 "Eye Spy"


Do terceiro para o quarto episódio a série teve sua menor queda de audiência desde que começou, ou seja, o número de espectadores está se estabilizando (finalmente! já estava preocupado!) e, em breve, teremos os números reais da atração. Foi também, na minha extremamente humilde opinião, o melhor episódio até o momento - o que passou mais rápido e que mais prendeu minha atenção desde o piloto. Algumas cenas foram bem sinistras, como aquela salinha com dois senhores trabalhando em máquinas de escrever, cheia de equações em quadros (uma, talvez, de origem alienígena ou outra coisa mais exótica) e, no final, quando descobrimos que a pessoa que vigiava (e controlava) Akela Amador também era vigiada e controlada, o que abre um leque de possibilidades a serem desenvolvidas mais pra frente na série (junto da misteriosa “ressureição” de Phil Coulson, da Maré Crescente e de Graviton).
Falando em Akela, ela era uma antiga protégé (espaço ocupado por Skye, atualmente) do Agente Coulson, tão habilidosa quanto Melinda May. Um dos seus maiores problemas era não saber trabalhar em equipe, bem diferente da atual protégé. Akela e os colegas são emboscados numa missão, ela é dada como sumida e os colegas, mortos. No começo do episódio, numa sequência bem intrigante, um crime é cometido num metrô de Estocolmo, na Suécia. Tudo indica que a responsável foi Akela e que, supostamente, ela ganhou uma habilidade extra-sensorial, como telepatia. Coulson não acredita que ela virou a casaca e usa de todos os recursos para provar.
A verdade é que Akela foi salva por pessoas superequipadas que a operaram e deram-lhe um olho biônico, com direito a visão de raio-X. Essas pessoas podiam monitorar tudo e mandar mensagens de texto ordenando o que fazer através do seu olho. Caso ela se recusasse a realizar uma das ordens, sentia uma dor de cabeça, que poderia se agravar caso ela insistisse em descumprir o que lhe fora designado – se ela falhasse ou fosse descoberta havia um dispositivo no olho que causaria sua morte.
Felizmente, os agentes da SHIELD descobrem tudo, a tempo de remover o olho de Akela e de se infiltrarem numa instalação na Bielorrússia a mando dos seus contractors. O novo caso da semana mostrou o melhor entrosamento entre a equipe reunida por A.C. A cena pós-créditos só confirma o fato. Creio que até o episódio 6 tudo será como um aquecimento pelo o que está por vir. Depois, espero que a série engate uma marcha mais potente. História é o que não falta. As correntes que prendiam o seriado ao que foi feito no cinema parecem ter sido afrouxadas, agora basta se romperem de vez!

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. S01E03 "The Asset"


Terceiro episódio. Infelizmente, a série ainda não engrenou. E a audiência continua caindo - dado preocupante, apesar de uma temporada completa estar confirmada. Não sei ao certo o que aconteceu. Não fui completamente fisgado, como esperava. O potencial é evidente, mas a série não saiu de sua zona de conforto. Sem um caminho próprio, vive sob as amarras do universo Marvel cinematográfico. Outra crítica negativa é sobre a trama e os personagens (alguns começam a irritar), que estão sendo desenvolvidos de forma lenta demais. Pelo menos tivemos a origem de um vilão que existe nos quadrinhos, o Graviton, com o surgimento do dr. Franklin Hall, um renomado cientista, mentor de Fitz/Simmons, que deu uma surtadinha no final e acabou sendo sacrificado por Phil Coulson. É preciso destacar o nível de excelência dos efeitos especiais utilizados no episódio – bastante incomuns para uma “simples” série de TV. A ABC/Disney/Marvel não está de brincadeira!
A missão da vez era encontrar o tal doutor, que tinha sido sequestrado por um magnata, um tal de Quinn, e levado para Malta, país que não poderia ser invadido nem pela S.H.I.E.L.D. sem violar algumas leis internacionais. Acontece uma reviravolta, é claro, sobre o sequestro do dr. Hall, e descobrimos que tudo foi um plano para que ele destruísse uma arma movida por Gravitonium, um elemento instável capaz de controlar a gravidade.
As consequências deste episódio, provavelmente, ecoarão futuramente, quando o dr. Hall, o Graviton, aparecer para assombrar os personagens. Mais um arco para adicionar na lista, ao lado da Maré Crescente, que ainda vai render bons frutos, eu espero.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. S01E02 "0-8-4"


O segundo episódio manteve a qualidade e serviu para estreitar a relação dos personagens, para que se tornassem realmente uma equipe, trabalhando juntos contra um inimigo em comum. O que não se manteve foi a audiência, que teve uma expressiva queda de 30% - nada preocupante, por enquanto, pois continua sendo uma das maiores audiências do canal ABC. Aposto que quando a temporada for lançada em DVD/Blu-Ray será um tremendo sucesso de vendas.
No caso, o inimigo em comum foi um antigo afeto do agente Phil Coulson, a comandante Camila Reyes, que também estava atrás do objeto não-identificado (código 0-8-4, assim como foi tachado o Mjolnir do Thor) encontrado numa ruína peruana. Na verdade, o objeto era um armamento desenvolvido pela H.I.D.R.A. (para os que só viram os filmes, é aquela organização maléfica do filme do Capitão América), perdido no Peru, após alguns soldados debandarem para lá.
Ward, May, Fitz, Simmons e Skye são forçados a se unir para vencer, com direito a explodir parte do avião no ar para liberar as portas travadas. No final, Coulson leva um esporro de Nick Fury - no que foi a primeira participação do ator Samuel L. Jackson numa série de TV!
Outra coisa a salientar é o comportamento dúbio da hacker da equipe, que parece estar trabalhando para a Maré Crescente (Rising Tide) e seu único objetivo dentro da SHIELD é passar informações.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Marvel's Agents of S.H.I.E.L.D. S01E01 "Pilot"


Dentre as séries novatas, era a que eu estava mais ansioso pra assistir. Uma produção televisiva ambientada no universo cinematográfico da MARVEL, sob a batuta de Joss Whedon, era boa demais pra ser verdade. Mas é. O primeiro episódio ainda trata de misturar quase um pouco de tudo que a gente viu nos filmes do Hulk, Capitão América e Homem-de-Ferro - radiação gama, soro de supersoldado e tecnologia Extremis, respectivamente. E muita citação à Batalha de Nova York, como ficou conhecido o evento que se desenrolou no filme d'Os Vingadores. A série vai seguir uma linha procedural (com casos da semana), o que já ficou bem claro nesse piloto, nos apresentando Mike, um pai solteiro que serviu de cobaia num experimento perigoso, envolvendo até tecnologia Chitauri.
Phil Coulson não morreu! Ou morreu. A gente ainda não sabe ao certo. Maria Hill - participação especial da Robin, ops, Cobie Smulders - ajuda a aumentar o mistério acerca da volta do agente. Muitas teorias rolando soltas na internet! A ele é conferido poder para montar uma equipe especializada em investigar casos sobrenaturais, ainda mais comuns depois da tal Batalha. Escolhe a dedo os agentes Ward, ativo em campo, e May, uma agente lendária que agora trabalha administrativamente, os geeks Fitz, engenheiro, e Simmons, bioquímica, e, por último, a hacker Skye, que de um simples notebook conseguiu invadir a SHIELD.
A série é bem produzida. E os efeitos especiais estão muito bons. Tudo indica que a ABC deve estar apostando todas as fichas nela. A audiência do primeiro episódio foi recorde, vamos ver se mantém. Acho que domingo seria o dia ideal para a exibição de Agents of SHIELD, logo depois de Revenge, sem competição com o estabelecido The Voice.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sleepy Hollow S01E01 "Pilot"


Como suspeitava. A nova série da FOX não é ruim. 

Vivemos numa época favorável para séries de terror. American Horror Story veio para ficar e nos mostrou como isso pode ser possível. Todo dia vemos pipocar um monte de projetos similares em outras emissoras. O público estava sedento. Mesmo o cinema não está dando conta do recado ― são poucas as produções ditas do gênero realmente assustadoras. Por isso, tanto se destacam os filmes produzidos por Jason Blum, como Atividade Paranormal, Sobrenatural, A Entidade e Uma Noite de Crime. Todos resgatam aquele clima macabro tão comum nas obras dos anos ‘70 e ’80.

Analisando este primeiro episódio de Sleepy Hollow, espero se tratar de uma verdadeira série de terror, apenas disfarçada de série policial de ação. Os elementos estão lá, a começar pelo próprio Cavaleiro Sem Cabeça, um brucutu monstruoso que lembra facilmente o Jason de Sexta-Feira 13. Misturar coisas da Bíblia ― do Apocalipse, em especial ―, deixa a trama ainda mais interessante e atraente. Vale lembrar que tema similar já foi utilizado por Supernatural, em outro contexto. O grande problema da série é passar na TV aberta: o excessivo número de episódios enfraquecerá o ritmo da história; a censura aliada à falta de liberdade criativa impedirá cenas corajosas de acontecerem (cadê o sangue? muito conveniente o machado do Cavaleiro cauterizar os ferimentos).


Iniciamos a jornada com uma batalha na época da Independência dos Estados Unidos, casacos vermelhos versus casacos azuis. Ali conhecemos um dos protagonistas da série, o professor de história Ichabod Crane (Tom Mison), desertor da Guarda Real da Rainha, espião sob o comando do, então, Gal. George Washington. Entre cortes rápidos, o diretor Len Wiseman nos mostra o essencial: Ichabod procura um soldado específico, com uma marca na mão. Não tarda para o soldado misterioso aparecer, montado num cavalo branco, o rosto coberto por uma máscara. Ele defere um golpe mortal no oponente, com seu machado. Antes de desfalecer, Ichabod consegue decapitar o Cavaleiro. Nesse momento, com ambos caídos no campo de batalha, acontece uma ligação de sangue, que [aliada a um feitiço] possibilitará a volta de Ichabod, 250 anos depois, no Presente.

No decorrer do episódio, ficamos sabendo que a cidadezinha de Sleepy Hollow abrigou inúmeros cultos de bruxaria. Um culto do mal reanima o Cavaleiro (aprisionado num caixão no fundo de um rio) e, por tabela, Ichabod ― que deve impedir o Cavaleiro de recuperar seu crânio. Na verdade, o Cavaleiro Sem-Cabeça é o 1º Cavaleiro do Apocalipse, a Morte. Se ele ficar completo, logo os outros três (Peste, Guerra e Fome) irão segui-lo. Como derrotar a própria Morte? Não sabemos. Por enquanto, só descobrimos uma fraqueza: a luz do Sol.

Um dos pontos negativos da série é a escalação do elenco ― sem um pingo de carisma. A pior é a atriz que interpreta Abbie Mills (Nicole Becharie), a policial que presencia o xerife ser morto pelo Cavaleiro e acredita em Ichabod. Por que escolheriam alguém tão inexpressivo para ser uma das protagonistas? (não adianta fazer caras e bocas) Eu tentei, mas não consegui torcer por ela.

John Cho, que deve ser o ator mais conhecido do elenco, fez uma pequena participação especial. Brooks, seu personagem, morre no finalzinho do episódio, nos proporcionando a cena mais assustadora da première [#medo]. Outro detalhe que fica evidente é a importância de espelhos. É sabido que desde a Antiguidade tais objetos são relacionados ao ocultismo. As lendas são as mais variadas: pesadelos, má sorte, recipiente da alma, previsão do futuro, Candyman (heheh). Na série, os espelhos se transformam num portal por onde caminham as entidades sobrenaturais.

Vamos falar um pouco sobre os quatro criadores deste seriado. Len Wiseman, conhecido pela franquia Underworld (Anjos da Noite, no Brasil), dirigiu o episódio piloto e serve como produtor executivo, além de ajudar a bolar a história. Roberto Orci e Alex Kurtzman, hoje, dois dos produtores e roteiristas mais badalados de Hollywood, também são produtores executivos e, ao lado de Phillip Iscove, o pai do projeto, escreveram o piloto. Nenhum deles será o showrunner ― o cargo ficou com o experiente produtor Mark Goffman.

Não fiz comparações ao filme do Tim Burton porque quero reassistí-lo. Fica para a próxima. E pouco conheço do conto de Washington Irving. Falando superficialmente, a maior diferença é o tom épico que querem dar à série (o destino do mundo está em jogo!), além de tornarem Ichabod um Herói.

Está dada a largada para uma série que tem muito potencial, muita mitologia a ser explorada. Resta saber se conseguirá empregá-los de forma satisfatória. Acredito que se os realizadores derem ênfase para o terror, vai ficar tudo bem. Não vimos nem a ponta do iceberg. Citando a oficial Mills, que desistiu de Quantico, FBI, para a série acontecer: “Só arranhamos a superfície. Seja lá o que for, vai ficar muito pior” (no bom sentido, eu espero).

Adendo:
  • Parece que a intenção dos produtores é mesclar a história dos EUA com a história da série (não sei se gostei disso). Phillip Iscove é canadense, será que isso estava nos planos originais? 
  • Percebi influências de Evil Dead: o uso do gravador do xerife, por exemplo;
  • Ótima escolha da música “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones;
  • Fiquei intrigado com o padre, uma das vítimas do Cavaleiro. Ele estava presente numa das memórias de Ichabod, do passado.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

The Goldbergs S01E01 "The Circle of Driving (Pilot)" [Pre-Air]


A série completa a trinca de comédias da ABC que vazaram - mais uma com temática familiar... (chega!) E não achei todo esse horror que li por aí. É ok, e pronto. Nada que me faça segui-la, é claro. Não espere uma nova Anos Incríveis, apesar da ambientação nos anos '80. O showrunner se inspirou nas próprias histórias de família para constituir a série, mas podia muito bem se situar nos dias de hoje.

Durante pouco mais de vinte minutos somos apresentados à disfuncional [e caricata] família Goldberg. A mãe parece ser a pessoa no comando, tomando as principais decisões e se metendo na vida de todos. A filha mais velha (a personagem mais apagada da première) vai, em breve, para a faculdade, o do meio insiste em dirigir e o caçula (alter-ego do showrunner) está cada vez mais interessado em garotas. Ela passa por uma crise ao constatar que seus bebês cresceram. O marido entre num conflito com ela, depois fazem as pazes. E seu pai parece, enfim, estar demonstrando os sinais da velhice, causando um acidente de carro [quase] fatal, com os dois netos a bordo.

Ri muito pouco, sinal de que as piadas não funcionaram. Achei legal as legendas aparecendo para interpretar as falas de Murray. O ponto alto do episódio é o finalzinho, quando vemos, com a tela dividida, cenas da série e as filmagens reais que o showrunner realizou quando era criança. Outro momento que apreciei foi a compilação de cenas de sucessos da década, como Caça-Fantasmas, Karate Kid, De Volta Para o Futuro, Alfie, E.T., Esquadrão Classe A, colocada logo no início do episódio. Uma pena a série não ter a mesma qualidade das obras citadas.
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